domingo, novembro 19, 2006

O Nosso Magusto

A tarde parecia dar jus à Lenda de S.Martinho. Foi num quase dia de verão que os Trovadores de Deus se juntaram para o tão aguardado magusto!

O local eleito foi Vila Boa do Mondego, a data foi a de 12 de Novembro e a Eucaristia (início de tudo; no dia e na vida) celebrou-se pelas 14h30. Houve cânticos novos, espírito alegre, comunhão e… até surpresas! Pois é… e eis que, de forma repentina, surge _magicamente_ saído da sacristia o Pe Luís Campos direitinho ao altar para nos ler a Palavra! Foi uma presença inesperada, mas muito, muito, muito boa! (que continues sempre a presentear-nos assim, alegremente, Luís!) E, de sorrisos ainda mais notoriamente esboçados nas caras, prosseguimos a celebração da missa (será pertinente falar aqui da peripécia do fantástico início do cântico da comunhão? Querem saber, querem? Então estivessem lá para ouvir).

Assim que se saímos da igreja já o cheiro das castanhas assadas parecia estalar como que no ar, a chamar-nos. O átrio da Escola Primária deu lugar ao mais divertido de todos os recreios; um lanche enfarruscado! Com Jeropiga à mistura, claro! (tradição portuguesa continua a ser o que era). Estávamos todos pasmados: a população de Vila Boa tinha-nos afinal preparado um autêntico banquete de reis! É óbvia a justificação para aparecermos sempre nas fotografias de toda a gente a comer; Onde quer que vamos, há sempre alguém a receber-nos assim, tão familiar e carinhosamente (portanto a culpa, insisto, a culpa não é nossa, entendido?). Mas sim senhor, estavam aprovados os dotes culinários da terra! As castanhas eram muitas e bem assadas. A bebida, essa, nunca escasseou… Será esta última a fundamentação legítima para certos comportamentos verificados naquela harmoniosa tarde de domingo? É verdade, eu, pessoalmente, fartei-me de rir comigo, e connosco. Cantámos, dançámos, (ai aquelas versões musicais coreografadas…) fizemos figuras tristes para as objectivas das câmaras (para mais tarde recordar), rimos, e… (eis o momento tão cruel e temerosamente esperado por muitos) e… fartámo-nos de fugir do matreiro carvão (bem) negro das castanhas! Pois foi… mas nem com pernas jovens, astúcia no auge e agilidade trovadoresca nos safámos de umas belas pinturas rupestres nas nossas faces. Foi o delírio; uns fugiam, outros corriam atrás, outros enfarruscavam-se ainda mais, outros tentavam já limpar as obras-primas do rosto, outros aproveitavam para comer mais arroz doce… enfim, houve para todos os gostos (claro que a fuga do Gabriel e do David deu que falar, mas pronto, depois dos duetos musicais que fizeram durante a tarde inteira, já ninguém lhes dá muita credibilidade… mas xiiiiiiiiiu, fica entre nós!).

Foi realmente um magusto muito bem passado em grupo! E é ainda de registar que foi a primeira actividade dos Trovadores de Deus “sob alçada” ou pelo menos tendo bem por perto o fantástico estagiário Gilberto (não Gil, não estou a ser irónica… É que, sabes, depois de veres os vídeos que temos do magusto, eu acho que vais começar a ter medo de andar perto de nós... Mas não te preocupes! Isto é só o início… (ah ah = riso maquievelico-trovadoresco).


Sumaf

Ps: Os videos ficam para outra altura
Be patient
(ah ah ah ah ah ah = riso maquievelico-trovadoresco x3)

sexta-feira, novembro 03, 2006

Fórum Ecunémico Jovem

Caros Trovadores e amigos, no passado sábado, 28 de Outubro, participámos em mais uma actividade: o VIII Fórum Ecuménico Jovem, que teve lugar no Seminário Maior da Guarda, que muito bem nos acolheu.

Esta foi uma actividade que reuniu jovens de todo o País, representantes de várias Igrejas Cristãs: Igreja Católica Romana, Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica, Igreja Evangélica Metodista de Portugal e a Igreja Evangélica Prisbetiriana de Portugal.

Na verdade, mais do que um encontro nas diferenças, sempre enriquecedoras, foi uma reunião em Cristo e por Cristo, verdade comum a todos os participantes. Sem dúvida que “ A Luz de Cristo ilumina todos”.

O tema dinamizado e debatido ao longo deste Fórum foi a “Esperança para a Renovação e Unidade da Europa”, um tema sem dúvida interessante, já que a Europa cresce e quer afirmar unidade mas é enfraquecida pelas diferenças e rivalidades internas.

A Europa começa em cada um de nós, que apesar da individualidade e diferença, devemos colaborar activamente para a construção de uma Europa unida e fortalecida no Amor de Cristo, que respeita as diferenças e proclama a Paz e a Harmonia entre os povos.

Esta foi mais uma actividade enriquecedora que me ajudou a crescer como cristã mas também a questionar o meu papel e o contributo que posso dar para tornar o mundo que me rodeia um pouco melhor. Na verdade as grandes mudanças começam em cada um e todos temos um papel a desempenhar, só temos de deixar Cristo iluminar os nossos corações e agir…

Sara Santos

quarta-feira, novembro 01, 2006

A cidade do nosso Deus

O Salmo 47 fala-nos da cidade do nosso Deus. Que cidade será esta? A cidade do nosso Deus é um lindo jardim: a humanidade criada por Deus. Ele tudo criou e rege com a Sua Sabedoria. Mas a cidade do nosso Deus vive sem Deus, quer afastá-lo da sua vivência com a sua indiferença, incredulidade e arrogância. Isto não é novidade nenhuma, já com o próprio Jesus o evangelista João nos diz que foi assim: "Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu" (Jo 1, 10).

Jesus não desanimou, antes pelo contrário foi feliz pregando o Amor a esta cidade sem Deus. O cristão também necessita de pregar, evangelizar e testemunhar pelo Amor. Já o profeta Jeremias anunciava: "Escutai, ó povos, a palavra do Senhor, e anunciai-a às ilhas distantes". A cidade do nosso Deus contudo não quer nem escutar nem anunciar, porque continua a ser a cidade que não reconhece Deus. Infelizmente há muitos cristãos que não querem escutar nem anunciar!

Mas, jovem cristão cuidado com o anúncio que fazes. S. Paulo, o grande Apóstolo Missionário, ao pregar o Evangelho era muitas vezes humilhado. Quando realizava prodígios era considerado um deus, assim aconteceu quando estava em Malta: "mudaram de opinião e começaram a dizer que ele era um deus" (Act 28, 6). Jovem cristão quando pregas o Evangelho as pessoas também podem mudar de opinião sobre ti: podem querer fazer de ti um deus, porque ou cantas bem ou tocas bem viola. Atenção quando isso acontecer faz como Jesus: retira-te sozinho para o "monte" e reza ao Pai que está nos Céus, aí estarás só tu e o nosso Deus.

Jovem Cristão leva esta Notícia de Amor até aos "impossíveis do mundo", as "ilhas distantes" que fala Jeremias podem estar muito perto de nós. É dever do cristão anunciar o Evangelho, já Santo Agostinho ao cantar as perfeições de Deus exclamava: "Mas ai dos que se calam acerca de Vós, porque, embora falem muito, serão mudos" (Confissões de Santo Agostinho, nº 4). Não nos calemos para falar de Deus à cidade do nosso Deus, ajuda-a jovem cristão a que esta cidade volte a ser novamente do seu Criador!


Gil